É ridículo, porque, cada passo que dou me leva à auto-destruição.
Deito-me, regra geral, depois das 3h da manhã. Acordo, se puder, depois da uma da tarde. Esqueço-me de lavar os dentes. Como tudo o que me apareça à frente. Mal saio, voltando rapidamente a casa, como que com medo de algum bicho desconhecido pelo caminho - mas o único bicho é a minha falta de resistência às caminhadas, cada vez, cada vez maior. Eu não queria que fosse assim. Fico a ler, leio toda a noite, enterrada nos lençóis. O quarto está cada vez pior e eu não me pareço importar. Tomo banho quando o meu cabelo se torna impossível. Esqueço a água. Esqueço a saúde.
Estou numa espiral descendente à minha degradação, e faço-o com um sorriso na cara.
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